domingo, 18 de maio de 2008

Tarefa 8: Através da análise do texto de Álamo Pimentel esboçamos um paralelo entre a experiência escolar e o paralelo em que o autor discute.

Na breve introdução o autor relata uma reflexão do que é a escola, ou seja, uma repetição mecânica, isto é, resume o papel da escola (professor) a uma mera repetição do livro didático, ou seja, tudo já vem pronto o trabalho do professor fica resumido a repassar um conteúdo já determinado com perguntas e respostas prontas pois seu livro apresenta – se bastante completo e o dos alunos apresentam – se com perguntas logo abaixo, o trabalho do aluno resume – se em ir e vir ao texto buscar pelas respostas. Respostas estas que quando não encontrão – se nítidas nos texto é só o professor desenvolver e oferecer significados para aquilo que é perguntado.
[...]O livro didático está aberto na página 63, capítulo II, segunda unidade, sob título “Oque é a escola?” Nas páginas que se seguem, distribuem-se imagens etextos queentam responder à questão temática em pauta. A objetividade do texto é autenticada pela objetividade das imagens. Ao lado do item “a sala de aula”, o texto discorre sobre a geografia deste espaço, apresentando, entre outros
aspectos, a divisão entre o lugar do professor e o lugar do aluno, este o ponto partida para a explicação didática da topografia social da sala de aula, ao lado o texto no qual o conteúdo se desenrola, a fotografia do professor em pé, àfrente e ao centro da sala e os alunos sentados em fileiras numa postura que sugere atenção e ordem às determinações do espaço.A didática do livro didático é certeira eordeira. Introduz o conteúdo na forma de uma pergunta, desenvolve-o oferecendo respostas que fixam os significados para aquilo que se pergunta, encerra a lição com um questionário que retoma a questão inicial, exercita a memória do leitor/aluno para a formulação da resposta mais adequada à questão lançada e induz ao acerto a partir da repetição dos conceitos e significados que ele próprio, livro didático, consolida apartir do desenvolvimento dos seus conteúdos.
O leitor/aluno que manuseia o livro chega ao final das lições meio confuso.As idéias expostas sobre o que é a escola ainda estão embaralhadas em sua cabeça.Ele pega o lápis, apanha da sua memória para responder àquilo que o livro pergunta, e volta várias vezes ao texto e às imagens em busca da resposta certa. Oleitor/aluno sabe da emboscada que o espera no exemplar do livro didático do professor, lá perguntas e respostas estão prontas. Diferente do leitor/aluno oleitor/ professor forjado pelo livro didático não pergunta, nem responde, apenas imita as lições que já estão prontas no livro.Após as idas e vindas do conteúdo do livro à memória do leitor, a escola vai se firmando enquanto imagem e texto. Produzido pelo livro didático o leitor/aluno firma as suas certezas e segue rumo a uma trajetória de pensamento em que a educação se traduz como uma repetição mecânica entre perguntas erespostas prontas para a fixação de conteúdos.[..]
O autor problematiza ainda o paradoxo que emoldura a escola e a educação, configurada também pela gestão da vida para promover uma quebra nos raciocínios unívocos que buscam as explicações reducionistas para ambas.
[...] O passado e o futuro são partes fundamentais do presente, fazem do aqui-agora vivido nos nossos cotidianos, uma dinâmica existencial de produção de sentido para o que já se viveu e o que virá. [...]Ainda que a escola seja por excelência uma via de acesso ao saber científico, ela é, também, um espaço de convivência. Saberes e experiências vividas multiplicam as possibilidades de trânsito dos indivíduos nas relações de ensino-aprendizagem que tomam corpo no ambiente escolar.[..] A escola, assim como a educação, resulta da produção cultural humana. Realizam, no âmbito da cultura, os lugares e sentidos nos quais partilhamos práticas e saberes sociais.[..] É fundamental criar novos olhares para contemplar a complexidade dos contextos educativos sob da ótica de uma estética da vida, repleta de suas belezas e imperfeições; fecunda na produção das pequenas utopias que alimentam o sonho; da fantasia e do desejo que fertilizam o querer-viver aqui-e-agora; instável no meio dos estorvos e deleites que vive-se a cada encontro e a cada acontecimento protagonizado na escola. Enxergar a escola e a educação pela estética da vida realça os cotidianos escolares com os acasos que tiram do sério toda burocracia institucional e elege a graça como possibilidade de existir dentro e fora dos limites impostos pela dura ordem que rege o dia-a-dia, daqueles e daquelas que estão na escola fazendo educação, e na educação fazendo escola.[..] Escola e educação compõem o relevo instável do nosso tempo. Ainda estão implicadas na difícil tarefa da produção e circulação do conhecimento. Constituem as suas ações no duplo desafio da construção do conhecimento e da sociedade. Não basta nega-las pela crítica contundente das suas vicissitudes, talvez seja necessário interpreta-las sob as mais diferentes óticas, tentar compreender aquilo que faz e desfaz as suas possibilidades enquanto instâncias comprometidas com a produção da vida. Assumir o compromisso de colocar em questão velhas certezas que instituíram valores que hoje encontram-se defasados frente às crises sociais contemporâneas, encaram as dúvidas que nos assolam diante das questões que ainda hoje desassossegam nossas práticas e saberes pedagógicos. E assim, sob o signo da dúvida, que interrompe o nosso pensamento, sinalizando que princípios, valores e idéias com os quais fazemos os nossos discursos sobre a escola e a educação são provisórios, encarnar o erro e a verdade como uma face dupla de um mesmo jogo: o jogo dos sentidos.[..] o desafio que se coloca é repensar a série de papéis sociais e institucionais que se cristalizaram ao longo do tempo e que, de alguma forma, ainda prescrevem velhas receitas para problemas que, cada vez mais, se atualizam em complexidade e diversidade. Debater o legítimo e o ilegítimo na construção destes papéis, bem como redescobrir a beleza que é a vida na escola, na educação ou em qualquer lugar habitado pela presença humana é, também, uma busca sensível por novos modos de fazer educação na escola e na vida. [..]o humano é mais do que vivente, porque pode inscrever-se na memória das suas práticas e na ousadia de atravessar os tempos através de suas idéias. Assim são os imortais e, muitos deles, fizeram escola e educação e ainda o fazem, até hoje.[...]

O momento histórico da escola é marcado pela transformação social que ocorreu em diferentes momentos no contexto social.
Na atualidade, compreendemos que o aluno precisa ser o sujeito ativo, participante, comunicativo que faça do aprendizado com o educador uma troca de diálogo, há quem o diga ainda que os livros didáticos estejam ultrapassados, que não condizem mais com o contexto de educar, as falácias que criticam o livro didático só acabam por submeter aos próprios livros a ficarem guardados nas prateleiras das grandes bibliotecas.
Os versinhos atribuídos à Bárbara Heliodora, reduzem as críticas feitas aos livros didáticos:
Meireles (1984, pg. 155)
“Meninos, eu vou ditar
as regras do bom viver;
não basta somente ler,
é preciso meditar,
que a lição não faz saber:
quem faz sábio é o pensar.”

A gestão dos sistemas de ensino se coloca hoje como um dos fundamentos da qualidade da educação, como exercício efetivo da cidadania. Onde se situa um dos maiores desafios dos educadores: a democracia, assim como a cidadania, se fundamenta na autonomia. Uma educação emancipadora é condição essencial para a gestão democrática. Escolas e cidadãos privados da autonomia não terão condições de exercer uma gestão democrática, de educar para a cidadania. A abordagem da gestão democrática de ensino passa pela sala de aula, pelo projeto político-pedagógico, pela autonomia da escola.
O mundo, em constante transformação, traz questões que direta ou indiretamente estão relacionados à educação. O professor deixou, então de comparecer com um plano pré-estruturado para desenvolve – los com os alunos, seu trabalho passou a ser, basicamente o de ajudar o grupo a se organizar, integrando-se nele. A partir daí é o grupo que decide. Não se trata, portanto de os alunos decidirem e o professor providenciar. O professor passa a ser um elemento ativo do grupo, que participa dos trabalhos e das decisões, apresentando seus argumentos e experiências.
Hoje são estas as condições que a escola se propõe, despertar para a cidadania, formar cidadãos capazes de ler o universo sociocultural e econômico no qual estão inseridos, através da linguagem, mídia, livros, revistas entre outros é possível entender que através dos diversos e diferentes materiais pedagógicos não só o livro didático que o educador e educando tem como oportunidade para estar refletindo, pesquisando, indo em busca de resposta para a solução dos problemas, permitindo adquirir chaves de compreensão de seu mundo e obter relação com o conhecimento, desvelando a compreensão e recriando a realidade, ajudando a resolver situações-problemas através do pensamento crítico.

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